Como saber se estou com depressão ou ansiedade

Como saber se estou com depressão ou ansiedade

Antes de tudo, é comum sentir-se confuso ao perceber mudanças no humor, na energia ou nos pensamentos. Mas como diferenciar uma fase difícil de algo mais profundo como a depressão ou a ansiedade? Essa dúvida é mais frequente do que parece e merece atenção cuidadosa. Afinal, entender o que está acontecendo internamente é o primeiro passo para cuidar melhor da própria saúde mental.
Descubra os sinais, causas e caminhos para compreender a como saber se estou com depressão ou ansiedade que podem estar impactando sua vida.

Os sinais e sintomas da depressão ou ansiedade

Embora diferentes em sua natureza, a depressão e a ansiedade compartilham sintomas que, muitas vezes, se sobrepõem — o que pode dificultar a identificação.

Sintomas comuns da ansiedade

  • Preocupação excessiva, constante e difícil de controlar
  • Sensação de estar em alerta o tempo todo
  • Palpitações, sudorese, tremores ou sensação de falta de ar
  • Pensamentos acelerados, dificuldade de concentração
  • Medo de que algo ruim aconteça, mesmo sem motivo claro

Sintomas comuns da depressão

  • Tristeza persistente ou sensação de vazio
  • Falta de interesse ou prazer nas atividades do dia a dia
  • Cansaço extremo, mesmo após repouso
  • Alterações no apetite ou no sono (para mais ou para menos)
  • Pensamentos negativos recorrentes, inclusive sobre si mesmo

Sintomas que se sobrepõem

  • Irritabilidade ou agitação constante
  • Dificuldade para tomar decisões simples
  • Sensação de que a vida está “travada” ou sem propósito
  • Afastamento social e isolamento emocional

A Psicologia por Trás da Vida Real: A depressão ou ansiedade no dia a dia *

Imagine alguém que antes se sentia animado para encontrar os amigos, mas agora recusa convites sem conseguir explicar o porquê. Ou alguém que, mesmo em ambientes seguros, sente o coração disparar como se estivesse em perigo.

A depressão pode se manifestar como uma névoa constante, tornando tudo mais pesado e sem graça. A ansiedade, por sua vez, pode parecer como viver sob uma tempestade iminente — mesmo em dias ensolarados.

Em ambos os casos, há uma ruptura na forma como a pessoa se conecta com o mundo e consigo mesma. Essa desconexão pode afetar desde decisões no trabalho até o simples ato de levantar da cama.

Compreendendo os momentos críticos da depressão ou ansiedade

Existem momentos em que os sinais se intensificam a ponto de interferir fortemente na rotina. São os chamados momentos críticos — e merecem atenção redobrada.

  • Quando o sofrimento emocional começa a afetar a produtividade
  • Quando o sono e o apetite se tornam instáveis por dias ou semanas
  • Quando a autocrítica se transforma em autoagressão verbal ou mental
  • Quando surgem pensamentos sobre desistir, desaparecer ou não conseguir mais lidar com a vida

O que desencadeia a depressão ou ansiedade?

Nem sempre há uma causa única, mas sim um conjunto de fatores que se acumulam com o tempo.

  • Fatores genéticos e histórico familiar
  • Estresse prolongado no trabalho ou nos relacionamentos
  • Traumas, perdas ou mudanças significativas na vida
  • Baixa autoestima e exigência excessiva consigo mesmo
  • Ambiente social pouco acolhedor ou instável

Além disso, o ritmo acelerado da vida moderna pode funcionar como um gatilho constante, exigindo muito e oferecendo pouco espaço para pausas ou autorreflexão.

Mitos e verdades sobre soluções para a depressão ou ansiedade

Há muitas ideias equivocadas sobre o que “cura” ou “resolve” a depressão e a ansiedade. É importante diferenciar mitos de abordagens fundamentadas.

Mito: “É só pensar positivo.”
Verdade: Pensamentos positivos ajudam, mas não substituem apoio psicológico.

Mito: “Remédio vicia.”
Verdade: Medicamentos podem ser úteis e seguros quando prescritos com acompanhamento.

Mito: “Quem fala que está mal, só quer chamar atenção.”
Verdade: Expressar sofrimento é um pedido de ajuda, não um exagero.

Buscar informação confiável e apoio é essencial para lidar de forma responsável e empática.

Como lidar com a depressão ou ansiedade no dia a dia

Algumas atitudes simples podem fazer diferença no cuidado cotidiano:

  • Estabeleça rotinas com horários definidos, mesmo em dias difíceis
  • Inclua pausas para respiração e autocuidado ao longo do dia
  • Mantenha conexões afetivas, mesmo que por mensagens ou ligações
  • Evite excesso de autocrítica e acolha suas limitações com gentileza
  • Busque formas saudáveis de expressão: escrita, arte, movimento

A depressão ou ansiedade no corpo e na mente: manifestações

Essas condições não afetam apenas pensamentos e emoções — o corpo também responde.

Manifestações físicas: dores musculares, tensão na mandíbula, dores de cabeça, cansaço constante, alterações gastrointestinais.
Manifestações mentais: pensamentos repetitivos, sensação de descontrole, dificuldade de concentração e memória, sensação de culpa.

Compreender essa ligação mente-corpo ajuda a validar o que se sente e buscar soluções mais completas.

Depressão ansiosa: uma perspectiva ampliada

Existe uma condição chamada depressão ansiosa, onde os sintomas das duas condições coexistem. É como viver entre a preocupação constante e a falta de energia para reagir.

Esse tipo de sofrimento pode gerar uma sensação paralisante: a mente inquieta quer agir, mas o corpo e as emoções não acompanham. Reconhecer essa combinação pode ser o primeiro passo para buscar apoio adequado.

Quem busca alívio para a depressão ou ansiedade?

Pessoas em diferentes fases da vida podem passar por isso: adolescentes enfrentando pressões escolares, adultos lidando com múltiplas responsabilidades, idosos enfrentando perdas e solidão.

É comum que esse sofrimento se manifeste de forma silenciosa — por isso, acolher e escutar são atitudes poderosas. A busca por ajuda pode surgir de um esgotamento total ou de um pequeno momento de lucidez em meio ao caos.

Diferentes abordagens para lidar com a depressão ou ansiedade

  • Psicoterapia: espaço seguro para entender e elaborar os sentimentos
  • Práticas corporais: yoga, caminhada, alongamentos conscientes
  • Técnicas de respiração e meditação para acalmar a mente
  • Mudanças no estilo de vida: sono regular, alimentação equilibrada
  • Atividades criativas que proporcionem prazer e expressão

Sinais de alerta: quando buscar ajuda profissional

  • Quando os sintomas duram mais de duas semanas de forma intensa
  • Quando há prejuízo significativo nas relações ou no trabalho
  • Quando surgem pensamentos autodepreciativos ou suicidas
  • Quando as estratégias pessoais não trazem alívio

Buscar apoio não é sinal de fraqueza, mas de coragem e autocuidado.

Recursos e informações confiáveis sobre a depressão ou ansiedade

  • Sites de instituições de saúde mental reconhecidas, como o CVV, a OMS e o Ministério da Saúde
  • Perfis de psicólogos e projetos de saúde emocional nas redes sociais
  • Livros e podcasts baseados em evidências científicas
  • Centros de atendimento psicológico universitários ou comunitários

Dicas para ação imediata em momentos de depressão ou ansiedade

  • Respire fundo por alguns minutos, focando apenas no ar entrando e saindo
  • Escreva o que está sentindo sem censura
  • Beba um copo de água gelada e lave o rosto para ativar o sistema nervoso
  • Coloque uma música calma ou que tenha significado afetivo
  • Fale com alguém de confiança, mesmo que apenas para desabafar

Conclusão

Em suma, aprender como saber se estou com depressão ou ansiedade é um passo importante para resgatar o bem-estar emocional. A identificação dos sinais, a compreensão dos momentos críticos e a busca por apoio são formas reais de começar uma mudança significativa.

Se você se identifica com esses sinais, buscar informação e apoio pode ser o primeiro passo para uma vida mais leve e equilibrada!

* Essas narrativas são fictícias mas inspiradas em situações comumente vivenciadas nos estudos e na clínica psicológica.

Como saber se estou com depressão ou ansiedade

Perguntas Frequentes (FAQ)

Como saber se estou com depressão?

Se você se sente triste, sem energia e perdeu o interesse nas coisas que costumava gostar, pode ser um sinal de depressão.

Quais são os sintomas de ansiedade?

Os sintomas de ansiedade incluem preocupações excessivas, agitação, dificuldade para concentrar e até sintomas físicos como taquicardia.

Como posso buscar ajuda?

Conversar com um profissional de saúde mental é um ótimo passo

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Wanderlei Talib

Psicólogo | CRP 06/201971

Psicólogo e psicanalista, com formações em Programação Neurolinguística, Hipnose Clínica e Neurobusiness (FGV), traz uma abordagem madura, acolhedora e voltada ao bem-estar emocional e à autonomia do indivíduo. Com uma trajetória de mais de 30 anos em áreas como Tecnologia da Informação, Psicanálise e Desenvolvimento Humano, Wanderlei Talib une experiência prática e sensibilidade clínica em suas reflexões sobre saúde mental.